Terapia de Integração Sensorial
TRANSTORNO DE PROCESSAMENTO SENSORIAL
A percepção que temos do Mundo e das pessoas se dá invariavelmente através dos sentidos. Portando, quando as pessoas têm transtornos no processamento sensorial, a percepção das mesmas situações pode ser completamente diferente! Um barulho pode ferir os ouvidos, um abraço pode machucar!
A Alteração Sensorial acomete 90% (noventa por cento) das pessoas com autismo. Inclusive as alterações sensoriais foram incluídas como critério no diagnóstico de autismo. Mas não afeta exclusivamente pessoas com autismo, sendo que de 5 (cinco) a 15% (quinze por cento) das crianças com idade escolar da população mundial, possuem alteração de processamento sensorial!
Além dos 5 sentidos (visão, audição, paladar, tato, olfato) que aprendemos na escola, temos também outros, como o VESTIBULAR (equilíbrio, movimento - principalmente da cabeça e gravidade), PROPRIOCEPTIVO (consciência corporal) e INTEROCEPÇÃO (relação com os órgãos viscerais). Quando algum destes 8 sentidos não funciona muito bem, há o transtorno sensorial.
O sistema sensorial recebe a informação (o estímulo sensorial) e manda para o cérebro. Quem processa e organizar essas informações é o cérebro.
Precisamos que cada sistema desses funcione perfeitamente bem, sendo que um sistema precisa do outro para funcionar bem, mas muitos deles se cruzam no caminho e aí pode estar o problema quando há uma disfunção. Toda entrada da informação sensorial é lavada ao cérebro e devolvida em forma de comportamento e aprendizagem, que é a base de tudo na vida!
Os sentidos são a porta de entrada do mundo para o cérebro. O cérebro fica sabendo acerca das pessoas e do mundo através dos órgãos sensoriais.
ALTERAÇÕES SENSORIAIS EM CRIANÇAS
Mayra Gaiato e Dinara Souza
Disfunções Sensoriais que crianças com autismo apresentam.
ALTERAÇÕES SENSORIAIS
Mayra Gaiato e Dinara de Souza
Quais os tipos de alterações sensoriais.
SENSIBILIDADE - PALESTRAS AUTISMOS
Gisele Zambiazi
A mãe Gisele Zambiazi explanou sobre a dificuldade de colocar um tênis ou uma roupa, um perfume. Segue um relatório da palestra.
Na referida palestra, Gisele Zambiasi explica que, para uma pessoa com TRANSTORNO SENSORIAL VISUAL, por exemplo, ver um mamão pode ser tão repulsivo quanto uma perna cortada, o que pode, aliás, gerar a SELETIVIDADE ALIMENTAR.
São 3 os tipos de alteração:
* DE MODULAÇÃO
Dá a informação de intensidade - fraco ou forte, muito ou pouco, hiper ou hipo.
Pode acontecer em todos os sistemas.
Quanto à alteração de modulação, temos crianças:
=> hiperesponsivas, que sentem demais (luz intensa, barulho alto, etc.
=> hiporesponsividade, quando a criança sente de menos. Ex. Quando a criança cai, se machuca e não sente dor (tátil).
Uma criança que é hipervisual e hipotátil.
A criança hipotátil, por exemplo, balança e pula pra sentir o corpo.
Uma criança que é hipervestibular, nao gosta de balanço, de movimento, pois sente demais!
Já uma criança hipovestibular fica buscando o movimento, girando em torno do próprio corpo, etc.
* BUSCADOR SENSORIAL
Discrimina do que se trata o estímulo, a qualidade, a precisão da informação. Ex. Quando alguém me toca, sei que foi uma pessoa e não uma pena.
Por ser mais refinado, está mais em cima no cérebro.
* DESORDEM MOTORA DE BASE SENSORIAL
=> Dispraxia (Disfunção da ação motora humana. Planejamento, funções executivas, idéia, planejamento e ação. Ex. Toco no cabelo de outra pessoa, para ver a textura.
Pode-se dividir a dispraxia em 3 fases, onde pode haver comprometimento:
- Ideação (crianças que não têm idéia, por isso fazem brincadeiras repetitivas, porque nao têm idéias novas),
- Planejamento (têm a idéia, mas nao conseguem planejar para executar, então fazem de qualquer jeito),
- Execução (na hora de executar, se atrapalha e não consegue executar direito).
- Controle Postural.
Quando há dificuldade em processar as sensações do próprio corpo, em virtude do desequilíbrio nos sentidos, o que é muito comum nos Autistas, como hipersensibilidade tátil, auditiva, olfativa, do paladar e da visão, é importante aplicar a TERAPIA DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL, com a função de organizar estas sensações e aprender a lidar com as situações do dia-a-dia, afim de diminuir essas disfunções sensoriais.
Temple Grandin, na obra "O Cérebro do Autista" aborda profundamente sobre o tema, ressaltando:
Os pesquisadores simplesmente não entendem a urgência do problema. Talvez entendessem se pudessem olhar o mundo do ponto de vista da confusão de falhas neuronais dos autistas. A extrema sensibilidade sensorial pode ser muito angustiante. Sons altos podem machucar os ouvidos da mesma forma que quando se tem um nervo perfurado no dentista"
O Matheus, por exemplo, não suportava locais barulhentos e com muitas pessoas querendo pegá-lo, ficava desesperado! Mas quando começamos a trabalhar com o toque através de diversos materiais, com instrumentos para treinar os ouvidos, etc., ele começou a abraçar, beijar, procurar o colo, além de lidar com naturalidade ambientes diversos!
É importante aproveitar a hora do banho para deixar a criança bater tampas de panela e preparar sua audição, uma ida ao parque para colocar os pés na areia ou na grama, etc. Enfim, colocar em prática na rotina diária tudo que trabalhe com a sensibilidade, sempre de forma natural e como uma brincadeira. Claro que a criança apresentará uma resistência no início, então você pode distraí-lo colocando uma música que ele adore, contar até 10 para saber que vai acabar, dando recompensas, etc.
HIPOSENSIBILIDADE:
Como ensina o IG @friskasensorial:
"São aquelas crianças que precisam de muitos estímulos para que cérebro registre as sensações.
São crianças que ao buscar mais, podem ter comportamentos que "incomodem". Interferindo na escola, não sentam quietos, e tem dificuldades de focar.
São vários sinais, alguns deles:
- hiperatividade
- não senta quieto, precisa pular, correr, ficar se mexendo
- busca movimentos bruscos ( girar rápido em cadeiras de rodinhas, ficar pendurado de cabeça para baixo)
- comportamentos agressivos, tais como: bater, chutar, morder, empurrar mesas e cadeiras
- mastigar roupas e objetos
- colocar as mãos em tudo, pode até passar os objetos no rosto
- gosta de comidas condimentadas - tem alta tolerância a dor, as vezes se machuca e não percebe
- pode se machucar: bater cabeça, ficar se coçando, puxando cabelos
- não percebe temperaturas baixas, ficando sem casaco em dias muito frios
- não se incomoda com sons altos, tipo buzinas, alarmes, os pais gritarem seu nome
- em ambientes muito quietos, fazem sons com a boca
Quando ansiosos, esses sinais podem aumentar. Comumente essas crianças são vistas como opositoras.
Lembre-se um ou outro sinais não faz a sua criança ter TPS, mas um conjunto deles talvez sim, portanto procurem um TO para um diagnóstico e tratamento.
Algumas atividades para Hiposensível:
- ficar de cabeça para baixo
- girar em gira-gira, cadeira de rodinhas, rodar com os braços abertos
- músicas com movimento, tipo: cabeça- ombro - joelho e pé - jogos que movimentam, tipo: twister, pular corda, siga o mestre, cama de gato - construir barreiras com móveis em casa, tipo obstáculos, para eles pularem, escalarem - guerra de travesseiros - yoga, apesar de acalmar, o estímulo proprioceptivo ajuda muito ( dá pressão, tensão, alongamento)
- balançar - atividades com sujeira, permite que tenham uma quantidade boa de estímulos tátil - brincadeiras na água, nadar
- mastigar comidas crocantes, tipo castanhas, cenouras
- esportes em geral
São algumas atividades, que também podem ser em diferentes intensidade para quem é Hipersensivel.
Procurem um TO para um tratamento".
Segue uma relação de exemplos de brincadeiras para diminuir a sensibilidade:
VESTIBULAR
Para saber mais e ver exemplo de atividades para diminuir a sensibilidade vestibular, clique no link abaixo:
Integração x Estimulação Sensorial
Como explica o IG @friskasensorial:
"Integração Sensorial: quem faz são as TOs capacitadas( ou seja que fizeram uma especialização nessa área, o que significa que não são todas as TOs), elas em um ambiente controlado, após avaliações e testes, vêem as necessidades da criança e traçam um objetivo. Logo depois, fazem um combinação de estímulos, que vai provocar respostas nesse cérebro. Além da questão cerebral, elas também vêem toda a parte muscular da criança. - Estimulação Sensorial: quem faz? Todo mundo pode fazer( mães, pais, cuidadores, professores), simplesmente por oferecer estímulos sensoriais: texturas, movimentos, alimentos diferentes, sons e cheiros diferentes. Ou seja é a estimulação que o mundo proporciona para as crianças. E essas estimulações, fazem com que o cérebro dessa criança, receba mais estímulos, permitindo uma interação entre os hemisférios cerebrais.
Ou seja: façam sempre a Estimulação Sensorial, em todas as crianças!!! E quando você perceber uma área que incomada mais sua criança, procure uma TO, para uma avaliação e possível terapia de Integração Sensorial".
Contato com Animais
Como explica o IG @friskasensorial:
"Eles amam um bichinho! E você já se perguntou quantos estímulos sensoriais eles estimulam. Tato, olfato, auditivo, entre outros. Sem contar que quando eles brincam um animalzinho, eles desaceleram, prestam atenção em necessidades além das deles, ficam ao ar livre.
Seus filhos gostam? Você proporciona esse tipo de interação?".
Contato com Animais
Como explica o IG @friskasensorial:
"Quem nunca ouviu essa frase?! E quando pensamos nos estímulos que damos para nossas crianças, ela descreve bem. Muitas vezes pensamos em fazer, aquela mega atividade, com vários estímulos, super criativa, e com muitos elementos, mas os dias vão passando e cadê tempo para organizar tudo isso?
Então, é mais válido aquela ida na pracinha, onde podemos balançar, andar na grama, brincar na areia, pois essa da tempo de incluir na agenda.
Não fiquem se culpando por não conseguir o Ótimo, faça o Bom! E o bom são aquelas atividades simples e constantes. Por que mais vale a constância, do que a mega/ultra atividade.
Marque quem você acha que precisa ser lembrado!".
ANNA JEAN AYRES
Como explica o IG @tea.cerena:
"FONTE: @autismorealidadesdobrasil
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Hoje ela completaria 100 anos, ANNA JEAN AYRES teve uma vida dedicada à Terapia Ocupacional. Responsável por uma das intervenções fundamentais na composição do programa terapêutico de qualquer indivíduo com atraso do neurodesenvolvimento: a Integração Sensorial, um legado indispensável quando o assunto é Autismo.
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Nascida em uma fazenda de nozes em Visalia, Califórnia, em 1920, os pais de Ayres, Fletcher e Louise (Stamm) Ayres, eram professores. Ao crescer, Ayres afirmou ter sintomas semelhantes às disfunções que ela estudaria mais tarde. Ayres recebeu seu bacharelado em terapia ocupacional em 1945, seu mestrado em terapia ocupacional em 1954 e seu doutorado em psicologia educacional em 1961, todos da Universidade do Sul da Califórnia em Los Angeles . Ela iniciou seu trabalho de pós-doutorado no Instituto de Pesquisa Cerebral da UCLA de 1964 a 1966.
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Em 1976, Ayres fundou uma clínica pediátrica particular chamada Clínica Ayres em Torrance, Califórnia, onde conduziu avaliação e intervenção em terapia ocupacional em crianças e adultos com uma variedade de distúrbios, incluindo dificuldades de aprendizagem e autismo .
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INTEGRAÇÃO SENSORIAL
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"A teoria da integração sensorial é usada para explicar por que os indivíduos se comportam de maneiras específicas, planejam intervenções para melhorar dificuldades específicas e prever como o comportamento mudará como resultado da intervenção". Dr. Ayres definiu integração sensorial como "a organização das sensações para uso. Nossos sentidos nos fornecem informações sobre as condições físicas do nosso corpo e o ambiente ao nosso redor . O cérebro deve organizar todas as nossas sensações para que uma pessoa possa mova-se, aprenda e se comportar de maneira produtiva "
Além disto, é importante inserir algumas condutas na rotina diária. Saiba mais no link "Condutas na Rotina":
Veja uma aplicação de Terapia de Integração Sensorial com o especialista Victor Ruan:
Na terapia abaixo, Victor para estimulou as HABILIDADES FÍSICAS e a INTEGRAÇÃO SENSORIAL.
1. VÍDEO na PISCINA de BOLINHAS:
Estimulação VISUAL (piscina com luzes e diferenciação das bolas coloridas das bolas transparentes) estimulação TÁTIL (bolas com diferentes texturas), estimulação PROPRIOCEPTIVA (sensação do próprio corpo, posição do corpo no espaço), COORDENAÇÃO MOTORA GLOBAL e FINA.
2. VÍDEO NA REDE:
Estimulação VESTIBULAR (movimento), TÁTIL (diferentes texturas de bolinhas), coordenação VISOMOTORA (coordenação olho-mão no arremesso das bolinhas no cesto), COORDENAÇÃO MOTORA GLOBAL para balançar.
ESCOVAÇÃO TERAPÊUTICA (Protocolo de Wilbarger)
Pessoas que apresentam sintomas de defensividade tátil são extremamente sensíveis ao toque. Elas costumam ter medo ou resistir em ser tocadas, ter dificuldades em transitar entre atividades ou podem até mesmo ser apáticas. Assim, a aplicação do protocolo é muito útil no tratamento de crianças com disfunção integrativa sensorial, ajudando o cérebro e o corpo a trabalharem em conjunto de forma mais eficaz.
Alguns benefícios esperados com a aplicação do Protocolo de Wilbarger são:
– Melhora na capacidade para fazer a transição entre as atividades, pois aplicada após exposições sensoriais intensas tem efeito calmante e melhora os níveis de tolerância.
– Ajuda na modulação de desconfortos relacionados ao toque (defensividade tátil).
– Aumento na auto-regulação e percepção corporal.
– Aumento da capacidade do sistema nervoso de usar as informações sensoriais de forma mais eficaz, ou seja, favorece as habilidades de fala e os movimentos.
– Melhora na atenção e foco.
PASSO-A-PASSO ESCOVAÇÃO
O protocolo completo leva geralmente de 2 a 3 minutos para ser administrado. A primeira etapa envolve o uso de uma escova específica chamada Therapressure Brush ou uma escova terapêutica bem macia e molinha (teste antes em sua pele) ,ou por um tecido macio ou até outro estímulo, conforme orientação do terapeuta ocupacional. Os procedimentos são executados sobre a pele usando uma pressão firme, como uma massagem profunda.
Conforme demonstracão no vídeo, a escovação começa nos braços e segue até os pés. O rosto, peito e estômago não devem ser escovados por serem áreas mais sensíveis, e poder causar reações adversas.
Após a terapia de escovação tem início as compressões articulares suaves para os ombros, cotovelos, punhos, dedos, quadris, joelhos e tornozelos. Devem ser realizadas 10 vezes em cada articulação, e atuam em nível mais profundo, estimulando a co-contração muscular e a propriocepção.
A auto-administração de compressão articular também pode ser feita através de atividades psicomotoras envolvendo suporte de peso, saltos, flexões, ou com uso de recursos como a cama elástica.
A aplicação do protoloco é inicialmente recomendada a cada 2 horas enquanto a pessoa está acordada. Após cada semana deve ser realizada uma reavaliação para adaptação do mesmo, sendo que sua aplicação deve continuar enquanto os benefícios estiverem sendo observados.
HOMÚNCULO DE PENFIELD
Descubra como o cérebro vê o nosso próprio corpo
Nos anos 30, o médico Wilder Penfield realizou cirurgias em pacientes com epilepsia. Com um cérebro vivo em sua mesa, ele decidiu explorar um pouco aquela região: ele reuniu informações, descobrindo que partes do córtex cerebral controlam quais movimentos voluntários e sensações. O que ele descobriu foi uma visão bem distorcida do corpo humano: o homúnculo do córtex.
Para o seu corpo, há pouca necessidade em saber o que está ocorrendo pelos seus braços e pernas: tudo o que esses membros precisam fazer é ficar fora de chamas e mover suas mãos e pés para os lugares certos. Suas mãos, sua língua e seus genitais, e suas características faciais no geral, são extremamente importantes, e fornecem toneladas de informações sensoriais. Um resultado disso é que eles ocupam bastante espaço no cérebro na região relacionada aos sentidos.
O homúnculo motor trata-se de um modelo de como o corpo seria se cada parte dele crescesse em proporção com a área do córtex cerebral relacionada ao seu movimento e o homúnculo somestésico é aquele de como o corpo seria se cada parte dele crescesse em proporção com a área relacionada à sua perceção sensorial.
Como ensina o IG @cdifloortime:
"Todo ser humano tem uma maneira singular de processar e responder a diferentes estímulos. Juntos, nossos sentidos trabalham para nos fornecer informações sobre como estamos situados em um determinado ambiente. Sabemos que a visão, a audição, o paladar, o olfato e o tato são os cinco sentidos mais familiares ao nosso corpo, porém, existem dois sentidos internos adicionais que também nos ajudam processar as informações que vêm a nosso encontro.
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Vestibular é o sentido que passa a informação para os nossos ouvidos e que está relacionado ao movimento e ao equilíbrio. Proprioceptivo é a informação que recebemos dos nossos músculos e articulações, como, por exemplo, a posição que o nosso corpo está ocupando em certo espaço. Uma vez que o cérebro registra a informação sensorial do nosso corpo e processa essa informação, ele a interpreta e a organiza de maneira a executar os devidos comandos que irão responder as informações recebidas. Para muitos pesquisadores, a integração dos sentidos ocorre de maneira imperceptível. Para outros, a integração sensorial acontece de maneira diferenciada, o que pode ser a origem de vários problemas de funcionamento, chamada de Desordem do Processamento Sensorial (DPS).
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Desordem do Processamento Sensorial (DPS) - descoberta pela primeira vez, nos anos 50, pelo Dra. Jean Ayres - atinge o sistema nervoso, que provoca dificuldades de compreensão, organização e integração. Talvez essa perturbação ocorra individualmente ou em conjunto com outras, como a dificuldade de atenção, autismo, paralisia cerebral, síndrome de Down, entre outras.
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Essa perturbação sensorial varia de pessoa para pessoa e, associada ao stress e desconforto corporal, pode afetar a habilidade da criança e provocar um déficit de atenção na mesma. O que irá afetar profundamente a comunicação, a sociabilidade, o aprendizado, o comportamento e o senso de regularidade da criança".
Como ensina Fátima de Kwant:
“Fique quieto!”, “Pare de roer as unhas!” “Larga isso!”, “Pare de se balançar na cadeira!” “Ele não me olha quando eu falo”.
“Quando ele olha para o caderno, ele não me ouve.” Estas são algumas das frases comuns que pais e professores usam ao lidar com crianças (autistas) com um distúrbio do processamento sensorial.
Os cinco sentidos popularmente conhecidos são: visão, audição, tato, olfato e paladar. Porém, nem sempre os neurotipicos se dão conta de outros cinco mais, porque são naturais (imperceptíveis) para os “normais”:
* O vestibular – equilíbrio (cuja origem está na audição)
* O da propriocepção (a postura; a contração muscular, fazer atividades sem olhar para o que se faz; sentir o peso dos objetos; ter sensação de “controle” sobre o próprio corpo
* O da interocepção (sensações interiores de fome, sede, sono, bexiga cheia, batimentos cardíacos e cansaço)
* O da nocicepção (sensação de dor)
* O de termo-cepção (registro de temperatura – frio, quente etc.)
⚠️Mono Funcionamento
O mono funcionamento no autismo é a experiência de um sentido de cada vez. A maioria das pessoas com desenvolvimento neurotípico é capaz de andar sem que para isso tenha que olhar para seus pés; ela sabe que está andando (sentido proprioceptor). Ao mesmo tempo podem estar falando ao celular e acenando para um amigo que acaba de entrar no local onde ela está ou fazer contato visual ao conversar. São ações automáticas, que não perturbam seu funcionamento.
É importante que pais e professores (e terapeutas) tenham conhecimento sobre a disfunção sensorial para poderem oferecer a eles opções e soluções para demais problemas de comportamento. ⚠️O artigo completo está (somente hoje) no link da Bio. Texto: #fatimadekwant#autismo #processamentosensorial#cursodeautismo #comportamentoautista
INTEGRAÇÃO SENSORIAL DE AYRES
Como ensina a Dra. Deborah Kerches:
"100 anos da Dra Anna Jean Ayres
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O processamento sensorial refere-se à nossa capacidade de captar informações através dos nossos sentidos - tato, olfato, paladar, visão, audição, propriocepção e sistema vestibular e organizar e interpretar essas informações e dar uma resposta apropriada.
As distorções dessas respostas sensoriais, quer sejam hipo/hiperresponsividade ou interesses incomuns podem levar à condições do neurodesenvolvimento como Transtorno do Espectro Autista, entre outras.