TEA
O termo mais adequado para o autismo é TEA - Transtorno do Espectro do Autismo
Causa
A causa do autismo é cerca de 97% a 99% genética e cerca de 81% hereditária.
Há Cura?
Não á cura, mas há tratamento para eventuais atrasos ou prejuízos provenientes do TEA.
Equipe Multidisciplinar
Além de ABA, é necessário o acompanhamento de equipe multidisciplinar
1 a cada 36
De acordo com os últimos dados do CDC/USA, uma a cada 36 crianças nasce com autismo.
Sintomas
Déficit Comunicação
Déficit Interação
Interesses Restritos e/ou
Comport. Repetitivos
Diagnóstico Precoce
Quanto antes iniciado o tratamento de eventuais atrasos e prejuízos, melhores os resultados
4x1
A cada 4 meninos diagnosticados com autismo apenas 1 menina é diagnosticada. Estudos recentes demonstram que a proporção real seja de 1x1
Diagnóstico
Não há marcadores biológicos e o diagnóstico é clínico (profissional especialista).
Dúvida
Diagnóstico
Na dúvida do diagnóstico, inicie a intervenção imediatamente.
2 de Abril
O dia 02 de abril é o dia mundial da conscientização do autismo.
Triagem
A triagem pode ser realizada através de escalas de avaliação
Melhor Tratamento
Há consenso mundial que o tratamento que apresenta melhores resultados para autismo é ABA, que é a recomendação da OMS, SBP e SBNI.
PALESTRA DR. CARLOS GADIA RIO TEAMA
Como explicou Dr. Carlos Gadia em sua palestra no Rio TeAma, os pais geralmente buscam um diagnóstico de autismo quando há atraso da fala:
* 12 meses: ausência balbucio
* 12 meses: ausência gestos
* 16 meses: ausência de palavras simples
* 2 anos: ausência de combinação de 2 palavras (não ecolálicas)
* Qualquer idade: perda dessas habilidades e/ou outras habilidades sociais.
Nesses casos, é necessário agir imediatamente e não esperar.
SINAIS DE AUTISMO POR IDADE
Seguem alguns sinais de Autismo relacionados por idade, de acordo com o livro Reizinho Autista. A presença de qualquer dessas características são sinais de alerta que devem ser investigados por um neuropediatra ou psiquiatra infantil especialista em atraso do desenvolvimento que esteja atualizado. Lembrando que, na dúvida, a conduta é iniciar o tratamento imediatamente, pois quanto antes iniciado o tratamento, melhores são os resultados:
4 meses:
* Não acompanha objetos que se movam na sua frente
* Não sorri para as pessoas
* Não leva as mãos objetos a boca não responde a sons altos
* Não emite sons com a boca
* Não sustenta a cabeça
* Dificuldade em mover os olhos para todas as direções
* Perdeu habilidades que já possuía
6 meses:
* Não tenta pegar objetos que estão próximos
* Não demonstra afeto pessoas familiares
* Não responde aos sons emitidos próximos a ele
* Não emite pequenas vocalizações não sorri ou dá risadas ou expressões alegres
* Perdeu habilidades que já possuía
9 Meses:
* Não senta, mesmo com auxílio
* Não balbucia
* Não reconhece o próprio nome
* Não reconhece pessoas familiares
* Não olha pra onde você aponta
* Não passa os brinquedos de uma mão para outra
* Não demonstra reciprocidade
* Não responde às tentativas de interação
* Perdeu habilidades que já possuía
Aos 12 meses:
* Não faz contato visual
* Não engatinha
* Não fica em pé, quando segurado não procura objetos que vê sendo escondidos
* Não fala palavras como “papai” ou “mamãe”
* Não entende comandos como dar tchau
* Não aponta para objetos
* perdeu habilidades que já possuía
18 meses:
* Não manda não fala pelo menos seis palavras
* Não aprende novas palavras
* Não expressa o que quer
* Não aponta para mostrar algo
* Não se importa se cuidardor se afasta ou se aproxima
* Não copia comportamentos
* Perdeu habilidades que já possuía
2 anos de idade:
* Não fala frases com duas palavras que não seja imitação (exemplo: quero água)
* Não copie ações ou palavras
* Não segue instruções simples
* Não anda de forma equilibrada
* Não entende o que fazer com utensílios comuns como como colher, telefone, escova de cabelo
* Perdeu habilidades que já possuía
3 anos de idade:
* Cai muito andar
* Fala muito pobre ou incompreensível não compreende comandos simples
* Não consegue brincar de faz de conta
* Não consegue brincar com brinquedos simples (exemplo: quebra-cabeça, Lego)
* Não há interesse em brincar com outras crianças
* Perdeu habilidades que já possuía
4 anos de idade:
* Não brincar com outras crianças
* Interagem com poucas pessoas resiste em trocar roupas
* Não aprende histórias de faz de conta
* Tem dificuldades na fala
* Não entende comandos simples
* Não usa os pronomes “você” e “eu” corretamente
* Tem dificuldade em rabiscar um desenho
* Perdeu habilidades que já possuía
ATRASO NA LINGUAGEM
➡️ O atraso na linguagem é o maior fator de alerta para o diagnóstico do autismo e outros transtornos.
➡️ Dr. Paulo relaciona então o que é esperado para cada idade e salienta que, havendo atraso, é preciso investigar.
➡️ DESENVOLVIMENTO TÍPICO da FALA:
✅ 1 ano e meio:
* fala em torno de 20 palavras;
✅ 2 anos:
* em média as crianças falam 200 palavras;
* já é capaz de formar frases com 2 e até com 3 palavras (“qué saí”);
✅ 3 anos de idade:
* explosão do vocabulário da criança,
* já passa falar de 600 a 1000 palavras,
* já começa a utilizar alguns tempos verbais,
* pode produzir frases com 4 às 5 palavras com facilidade e * tem uma conversação bem estabelecida,
* já consegue cantar músicas inclusive acompanhando a melodia;
✅ 4 anos de idade:
* a fala de uma criança com desenvolvimento típico está praticamente igual à fala de um adulto,
* usa frases completas com verbos no presente, no passado e no futuro,
* usam masculino e feminina, * usam o singular e o plural e
* já acerta a maior parte das preposições e dos artigos, narra fatos complexos e monta histórias complexas
MARCOS do DESENVOLVIMENTO da FALA
A fonoaudióloga Giovanna Sette explica: "Até que idade é normal meu filho não falar?
Meu fiho tem 4 anos e apresenta trocas na fala. É normal?
Essa é uma das principais dúvidas dos pais.
Com 1 ano e 8 meses a criança deve ter um repertório de, aproximadamente, 50 palavras.
Aos 4 anos e meio, a criança deve ter o sistema fonológico completo e sem trocas, além de ser capaz de relatar fatos passados e futuros sem dificuldade.
Porém, é importante frisar, que para cada faixa etária é esperada a aquisição de determinados fonemas.
Além disso, há trocas que não fazem parte do desenvolvimento.
A intervenção deve ser iniciada o quanto antes.
Portanto, em caso de dúvidas ou suspeitas procure um Fonoaudiólogo capacitado para avaliação".
AUTISMO em MENINAS
Acredita-se que o Autismo seja mais comum em meninos do que em meninas, na proporção de 1 para 4. No entanto, de acordo com estudo publicado na Revista Crescer:
"O autismo pode ser mais comum em meninas do que se pensava. Segundo um estudo americano, elas costumam apresentar características diferentes dos meninos e, por isso, podem não estar sendo diagnosticadas corretamente".
ATENÇÃO COMPARTILHADA
Como explica a pediatra @ritacamargo:
"O ponto mais importante para observar no desenvolvimento infantil
Observar que o bebê tem uma atenção compartilhada adequada pode nos garantir que o desenvolvimento social, comunicativo e emocional está ocorrendo de forma típica, ou normal.
Saiba ver se o seu bebê tem essa habilidade bem desenvolvida, e fique alerta ao seu desenvolvimento".
REGRESSÃO no DESENVOLVIMENTO
Há casos em que a criança tem um desenvolvimento aparentemente normal e por volta dos 18 meses apresenta uma regressão no seu desenvolvimento, pára de falar as palavrinhas que já aprendeu, e começa a se isolar mais, o que é denominado autismo regressivo. Entenda melhor no link a seguir.
MARCOS do DESENVOLVIMENTO da FALA
Dr. Paulo Liberalesso do IG @tea.cerena explica:
"A fala talvez seja a habilidade complexa que apresenta a maior variabilidade entre as crianças, ou seja, mesmo crianças de desenvolvimento típico podem apresentar grandes variações temporais na aquisição da fala.
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Em média, crianças entre 0 e 3 meses apresentam vocalizações inarticuladas e choro. Entre 3 e 6 meses, surge a chamada lalação (que é a emissão de sons guturais e as primeiras vogais).
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Entre 6 e 12 meses, a vocalização torna-se gradativamente mais articulada e imitativa, para que, ao redor de 12 meses, surja a emissão de duas sílabas de forma bem característica.
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Ao redor de 18 meses, há o surgimento do que chamamos de “palavra-frase”, ou seja, a criança passa a ser capaz de utilizar uma única palavra que transmite o contexto comunicativo de uma frase completa. Por exemplo: o bebê olha para a mamadeira e diz “mamá”, o que significa “eu quero mamar”.
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Entre 18 e 24 meses, a fala é constituída por 2 palavras e, após os 24 meses, a criança deve ser capaz de criar frases elementares com até 3 palavras.
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Um marco importante para o desenvolvimento da fala são os 3 anos de idade, pois, a partir desse momento, a fala vai se tornando muito semelhante à fala de um adulto, já que a criança inicia, gradativamente, o uso dos tempos verbais, gênero masculino e feminino, singular e plural, os artigos, pronomes e preposições.
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Aos 4 anos, a criança já deve ser capaz de narrar fatos e histórias de forma contextualizada e com cronologia adequada".
Para saber mais clique no link.
MARCOS do DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Dr. Paulo Liberalesso do IG @tea.cerena explica:
"Esse aspecto do desenvolvimento é de mais difícil análise, pois há uma certa subjetividade envolvida. .
De modo geral, bebês de 6 meses passam a apresentar um interesse já bastante evidente por outras crianças, embora o contato visual (como parte da comunicação social) seja observado já nas primeiras semanas de vida.
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Entre 10 e 12 meses, o interesse por outras crianças já é totalmente evidente, mas as crianças ainda preferem brincar com seus brinquedos individualmente, mesmo na presença de outra criança.
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Após os 14 meses, crianças com desenvolvimento típico devem ser capazes de brincar todas juntas, iniciando a divisão de brinquedos.
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Após os 18 ou 20 meses de idade, as crianças passam a interagir de forma mais dinâmica e é justamente a partir dessa idade que passamos, por exemplo, a ver uma criança correndo atrás de outra e uma imitando a ação da outra.
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Entre 24 e 30 meses, as crianças passam a brincar com um maior componente de fantasia (exemplo: cuidar e trocar fralda de uma boneca; brincar de fazer comida nas panelinhas), o que pode nos dar a falsa impressão de que estão mais “isoladas” das demais crianças (uma vez que essas brincadeiras são realmente mais individuais).
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Após os 3 anos de idade, as crianças passam a compreender totalmente as brincadeiras propostas pelas demais crianças e passam a propor novas brincadeiras. Também é aos 3 anos de idade que as crianças começam a desenvolver de forma muito clara a empatia pelas outras crianças e começam a oferecer brinquedos, consolando amigos que estejam tristes ou chorando.
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Enfim, o desenvolvimento humano é extremamente complexo e há uma enorme variabilidade, mesmo dentro daqueles que são considerados típicos. Assim, a dica final é: caso você tenha dúvidas a respeito do desenvolvimento neuropsicomotor de seu filho, questione seu pediatra a esse respeito até que você tenha absoluta certeza que está tudo dentro do que é esperado para a idade cronológica da criança".
Para saber mais sobre os marcos do desenvolvimento, clique no link.
MARCOS do DESENVOLVIMENTO da FALA
A fonoaudióloga Giovanna Sette explica: "Até que idade é normal meu filho não falar?
Meu fiho tem 4 anos e apresenta trocas na fala. É normal?
Essa é uma das principais dúvidas dos pais.
Com 1 ano e 8 meses a criança deve ter um repertório de, aproximadamente, 50 palavras.
Aos 4 anos e meio, a criança deve ter o sistema fonológico completo e sem trocas, além de ser capaz de relatar fatos passados e futuros sem dificuldade.
Porém, é importante frisar, que para cada faixa etária é esperada a aquisição de determinados fonemas.
Além disso, há trocas que não fazem parte do desenvolvimento.
A intervenção deve ser iniciada o quanto antes.
Portanto, em caso de dúvidas ou suspeitas procure um Fonoaudiólogo capacitado para avaliação".
DSM-V
O Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais está em sua 5.ª edição e é denominado DSM-5. Trata-se de um manual diagnóstico e estatístico feito pela Associação Americana de Psiquiatria para definir como é feito o diagnóstico de transtornos mentais. Usado por psicólogos, médicos e terapeutas ocupacionais. A versão atualizada saiu em maio de 2013. Desde o DSM-I, criado em 1952, esse manual tem sido uma das bases de diagnósticos de saúde mental mais usados no mundo.
De acordo com o DSM-V:
Seguem algumas considerações do www.autismo.institutopensi.org.br neste sentido:
A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, frequentemente designada pela sigla CID ou ICD (do inglês International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems) fornece códigos relativos à classificação de doenças e de uma grande variedade de sinais, sintomas, aspectos anormais, queixas, circunstâncias sociais e causas externas para ferimentos ou doenças. A cada estado de saúde é atribuída uma categoria única à qual corresponde um código, que contém até 6 caracteres. Tais categorias podem incluir um conjunto de doenças semelhantes.
A CID é publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e é usada globalmente para estatísticas. A CID é revista periodicamente e encontra-se, à data (Novembro de 2006), na sua décima edição. A CID-10, como é conhecida, foi desenvolvida em 1993. De acordo com a CID 10, o TEA está previsto nos subitens F84:
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou no dia 18/06/2018 a nova classificação internacional de doenças, a CID-11, que será apresentada oficialmente em maio de 2019, durante a Assembleia Mundial da Saúde. A entrada em vigor está prevista para 1º de janeiro de 2022.
De acordo com o site pebmed.com.br:
"Entre as novidades da publicação, estão a inclusão do distúrbio de games como um dos problemas de saúde mental, além de capítulos inéditos sobre medicina tradicional e saúde sexual. (...)
Gaming disorder
Entre as principais novidades, está a inclusão de distúrbio em games (gaming disorder), que já havia sido anunciado no começo do ano. A OMS define a desordem como um “padrão de comportamento persistente ou recorrente”, de gravidade suficiente para “resultar em comprometimento significativo nas áreas de funcionamento pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional ou outras”.
E o site www.tismoo.us completa:
"Assim como no DSM, o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais, a nova CID une os transtornos do espectro num só diagnóstico
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) passou a constar na nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, a CID-11 (ICD-11 na sigla em inglês para International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems),lançada nesta segunda-feira (18/junho) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O documento seguiu a alteração feita em 2013 na nova versão do Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais, o DSM-5 (na sigla em inglês para: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), que reuniu todos os transtornos que estavam dentro do espectro do autismo num só diagnóstico: TEA.
A CID-10 trazia vários diagnósticos dentro dos Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD — sob o código F84), como: Autismo Infantil (F84.0), Autismo Atípico (F84.1), Síndrome de Rett (F84.2), Transtorno Desintegrativo da Infância (F84.3), Transtorno com Hipercinesia Associada a Retardo Mental e a Movimentos Estereotipados (F84.4), Síndrome de Asperger (F84.5), Outros TGD (F84.8) e TGD sem Outra Especificação (F84.9). A nova versão da classificação une todos esses diagnósticos no Transtorno do Espectro do Autismo (código 6A02 — em inglês: Autism Spectrum Disorder — ASD), as subdivisões passaram a ser apenas relacionadas a prejuízos na linguagem funcional e deficiência intelectual. A intenção é facilitar o diagnóstico e simplificar a codificação para acesso a serviços de saúde.
OMS
A CID, hoje com aproximadamente 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte, é a base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o planeta. O documento da OMS fornece uma linguagem comum que permite aos profissionais compartilhar informações de saúde em nível mundial. A nova versão foi feita 18 anos depois do CID-10 (lançado em 1990).
“A CID é um produto do qual a OMS realmente se orgulha. Ela nos permite entender muito sobre o que faz as pessoas adoecerem e morrerem e agir para evitar sofrimento e salvar vidas,” disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “
O trabalho de elaboração do documento levou mais de 10 anos, e a CID-11 será a primeira versão totalmente eletrônica. A ferramenta foi projetada para uso em vários idiomas: uma plataforma de tradução central garante que suas características e resultados estejam disponíveis em todas as línguas traduzidas.
“Um dos mais importantes princípios desta revisão foi simplificar a estrutura de codificação e ferramentas eletrônicas. Isso permitirá que os profissionais de saúde registrem os problemas (de saúde) de forma mais fácil e completa”, afirma Robert Jakob, líder da equipe de classificação de terminologias e padrões da OMS".
Seguem as principais diferenças, conforme site Asperger e Autismo:
CARTILHA ZIRALDO
Linda cartilha elaborada por Ziraldo para o site Autismo e Realidade sobre AUTISMO. Este site (www.autismo.institutopensi.org.br) apresenta diversos MATERIAIS super-instrutivos como este para DOWNLOAD GRÁTIS e inclusive uma relação de INSTITUIÇÕES que fornecem ATENDIMENTO GRATUITO para cada região! Para ver a cartilha na íntegra, acesse o site.
DRA. DEBORAH KERCHES
Quando brincamos com nossos filhos, podemos avaliar uma série de fatores que indicam ou não prejuízos na comunicação, na interação social, nos comportamentos e no desenvolvimento neuropsicomotor da criança, dando pistas importantes sobre a possibilidade de eventuais condições do neurodesenvolvimento como autismo entre outras.
Durante o brincar podemos observar, por exemplo:
- A capacidade de dar funções adequadas aos brinquedos e utensílios;
- Falhas na imaginação, na capacidade de abstrair, de imitar, de brincar de “faz-de-conta”;
- Preferência por um único brinquedo ou determinada brincadeira;
- Se há dificuldade em compartilhar brincadeiras especialmente se houver crianças da mesma idade, se demonstra prazer em brincar com o “outro”;
- Se apresenta preferência por brincar sozinho e isolado dos demais;
- Dificuldade em compreender jogos, regras e comandos;
- Se há habilidade em nomear e dar significado aos brinquedos, brincadeiras;
- Se reconhece seu nome e atende quando chamado;
- Repertório verbal. Se a criança ainda não tiver desenvolvido a comunicação verbal, podemos observar sua comunicação não verbal como apontar para o que quer, gesticular com intenção comunicativa;
- Se reconhece partes do seu corpo ou de um boneco ou “bichinho”;
- Conseguimos observar questões de coordenação motora fina e grossa durante brincadeiras como encaixes, quebra-cabeça, quando brincam de “comidinha”;
- Atividades de colorir, desenhar nos dão pistas motoras e podem nos auxiliar no entendimento da relação da criança consigo mesma e com seu universo;
- Se consegue alternar de uma brincadeira para outra sem se mostrar irritada com mudanças repentinas;
- Presença ou não de estereotipias;
- Podemos ainda observar questões de hipersensibilidade, se a criança tem, por exemplo, problemas com texturas, temperaturas, cores, odores, ruídos do ambiente;
- Se é desatenta ou apresenta hiperfoco (quando se concentra demais em determinada atividade com dificuldade na atenção compartilhada);
Como a criança senta, se levanta, anda, corre também nos fornece dados relevantes sobre seu desenvolvimento, tônus e força muscular, coordenação, propriocepção ( ex.sentar em W, marcha na ponta dos pés ou com base alargada);
- Alterações visuais, táteis, auditivas, gustativas também podem ser avaliadas em uma brincadeira;
- Agitação e inquietude excessivas, impulsividade, agressividade são comportamentos que facilmente ficam evidentes, se presentes, durante uma brincadeira.
Você ainda tem dúvidas do quanto é importante brincar com seu filho?! .
Além de oferecer pistas sobre o desenvolvimento da criança, o brincar é uma importante ferramenta terapêutica. Durante a brincadeira (dirigida ou não), conseguimos fazer com que a criança desenvolva muitas habilidades e autonomia, além de reforçar o vínculo entre pais e filhos.
Mamães e papais, no momento de brincar com seus filhos, estejam inteiramente com eles e desfrutem desse momento de intenso amor e aprendizado!!!
TEATRO SOCIAL
Nas culturas ocidentais passamos a seguir normas de sorrir e dizer coisas educadas, mesmo quando não estamos com vontade, além de contar mentirinhas bobas e fingir concordar mesmo quando discordamos. É por isso que as pessoas aprendem a fingir que são amigas de gente de que não gosta e comprar produtos que não desejam. A desvantagem é que você nunca pode confiar na pessoa com que está falando.
Isto não acontece com as pessoas com autismo, pois eles não entendem e não conseguem participar desse teatro social. São, portanto, pessoas extremamente confiáveis e leais!
SÍMBOLOS e TERMOS