Teste Autismo Gratuito CAT-Q
Faça agora mesmo o teste gratuito de triagem para autismo CAT-Q (adultos + 16 anos que fazem camuflagem social => + comum mulheres).
Tenha papel e caneta. Teste extraído do site embrace_autism.com, traduzido por nós, e está disponível nos destaques do perfil do instagra, @autistologos_kaka (link a seguir), mas não é um diagnóstico.
A média para mulheres fora do espectro é de 90, e de homens 96. Se o somatório da pontuação for de cerca de 124 e 110, respectivamente, provavelmente estão no espectro. Se estiver entre esses números, é possível que esteja no FA - fenótipo ampliado. Em ambos os casos, procure ajuda profissional.
Fonte www.embrace-autism.com. Tradução e adaptação Autistólogos.
4X1??? Será???
De acordo com os dados do CDC, órgão de saúde dos Estados Unidos, o autismo é cerca de quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas. Existem 2 teorias para explicar isso.
A primeira é a teoria do fator protetivo feminino e a segunda, é a de que as meninas e mulheres não estão sendo devidamente diagnosticadas.
Meninas Fora do Radar
Estudos mais recentes levam a crer na segunda alternativa.
Após acompanhar a trajetória de irmãos com autismo (que têm maior predisposição genética), ao longo de diversas etapas da vida, essa diferença desaparece, e a proporção é de 1 para 1.
O estudo acompanhou 377 crianças do Infant Brain Imaging Study Network, conforme link abaixo.
Pq Se Escondem?
O cérebro feminino tem naturalmente maiores habilidades sociais, comunicativas, e de imitação. Além disso, seus interesses restritos são mais comuns. Ninguém estranha se uma menina é louca por bonecas, mas se um menino é apaixonado por dinossauros naturalmente chama atenção.
E enquanto os sintomas do autismo nos meninos fica mais aparente e os pais buscam aconselhamento profissional em virtude de mau-comportamentos ou hiperatividade, as meninas no espectro podem não chamar a atenção dos pais, porque suas questões geralmente são mais internalizantes, como ansiedade e depressão, que nem sempre são tão perceptíveis para o observador.
E o fator que mais dificulta o diagnóstico é que as meninas são muito boas em mascarar seus sintomas de autismo, ainda que de forma insconsciente.
Masking
"Masking”, que é a habilidade de esconder, na maioria das vezes de forma inconsciente, seus sintomas de autismo. Foi o que aconteceu comigo, que fui diagnosticada com apenas 44 anos.
São exemplos de masking forçar o contato visual, fazer estereotipais mais aceitas (estralar os dedos, apertar as próprias mãos, etc), e ainda escondê-las quando está em público, forcar-se a conversar sobre assuntos fora de seu hiperfoco, etc.
Custo do Masking
O autismo em meninas geralmente é negligenciado pelo fato de que pode-se ter a impressão de que para as mulheres é mais fácil lidar com o autismo, mas isso não é verdade, apenas há uma diferença na dificuldade.
O autismo das meninas e mulheres pode "incomodar" menos a família, pode chamar menos a atenção do profissional, mas apesar de serem muito boas em mascarar suas características, esse masking tem um alto custo à saúde mental, podendo levar à ansiedade, depressão, esgotamento, ideação suicida, etc.
Pessoas no espectro têm muito maior propensão à depressão e suicídio, no caso de autismo feminino esse risco é muitas vezes maior, ainda mais nos casos de autismo leve.
Curso Autismo em Mulheres
Para quem quiser se aprofundar mais sobre o assunto, para mães que desconfiem de seu diagnóstico ou que estejam no Fenótipo Ampliado, recomendo que façam o curso da minha maravilhosa terapeuta, a neuropsicóloga Luciana Xavier (link abaixo).
PS. Sempre gosto de salientar que não ganho nada com a indicação.
Teoria do Efeito Protetor Feminino
Alguns estudos sugerem que mais mutações são necessárias para desencadear autismo em meninas do que em meninos.
No entanto o que pode ter ocorrido nestes casos foi a falta de diagnóstico em meninas, seja pelo fato de que estudos e escalas foram desenvolvidos para meninos, as meninas conseguem mascarar melhor seus sintomas.
Entenda melhor essa teoria no link a seguir.
Mães no Espectro e
Fenótipo Ampliado
Estudos demonstram que a causa do autismo é cerca de 97% a 99% genética e, em cerca de 80% dos casos, hereditário.
Por essa razão, é muito comum que as mães comecem a perceber características de autismo em si mesmas depois do diagóstico do filho.
Foi justamente o que aconteceu comigo, que após receber o diagnóstico de meus dois filhos comecei a desconfiar que estava no espectro, e assim recebi meu diagnóstico aos 44 anos.
Risco Suicídio
Estudos demonstram que pessoas com autismo são cerca de quatro vezes mais propensas a cometer suicídio, ainda mais nos casos de graus de autismo mais leve. E o pior que, no caso das mulheres esse número se multiplica cerca de quatro vezes.
Os estudos divergem em relação a quantidade de vezes, mas são unânimes no sentido de que o risco de suicídio é severamente aumentado nos casos de autismo, e especialmente maiores quando se trata de mulheres no espectro, ainda mais quando se tratam de casos mais leves.